26 de janeiro de 2011

Madrugada


Santas horas passadas
Em que eu rezo calada
O cair da madrugada
A chuva cai, trovoada
Molhando os quintais abertos
Regando as rosas plantadas
Enferrujando os portões secretos

Eu rezo, escrevo
E tento dormir
Eu lembro, esqueço
E tento não sentir

O tilintar das gotas no chão
É como se o as se banhasse
É como se a alma cantasse
À solidão da noite
Em que eu rezo calada
Na fina e molhada madrugada
Que tece a noite e embala...
...o coração!


Um comentário:

  1. Poesia trespassada de inspirado vigor e simplicidade... poucos são capazes de encontrar palavras simples para expressar e suscitar sentimentos tão complexos, mas você o consegue, prova de que segues uma boa direção no desenvolvimento de sua arte.

    Parabéns. Muito sucesso e continue tendo a arte como antídoto da loucura, sobretudo quando a loucura é o que nos cincunda.


    um abraço do

    Getulio (Lucius)

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O que acharam? Digam para mim estrelinhas ^^